Nervosa, falo mais que o normal,
que já é muito.
Não sei que mecanismos você acessa em mim
para me causar essa espécie de mãos-sem-lugar.
Eu, que normalmente escondo meu medo
com certa facilidade,
me encontro agora perdidamente exposta
diante de suas aparições.
Tento um controle impossível,
finjo ter tudo calculado, seguro e natural,
como se não existisse vontade excessiva de fugir
justamente por querer estar ali para sempre.
Não é difícil perceber, porém,
que meu corpo todo se contorce de pavor.
Mas o pior é que essa percepção
por parte de mim mesma
só serve para intensificar meu tormento.
clarissa
5 de out. de 2007
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2 comentários:
Adorei seu blog. Bem a sua cara. E bem diferente e útil.
Beijos
Oi, Paola. Você falou como se me conhecesse... A gente se conhece?
Beijos,
clarissa
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