12 de mar. de 2006

Para ele

Ele não lê poesia.
Mesmo assim,
escrevo versos
à noite,
na terça,
no ônibus,
surtada.
Tento sonetos,
canções,
rimas,
concretismo,
dadaísmo,
realismo,
sem ismos.

Ele não lê poesia.
Tem todas as palavras
na boca
e uma pressa
incompreensível,
por isso
- ou apesar? -
apaixonante.
A poesia está nele.
É ele o que tento
passar para o papel.
Cada letra é
um pedacinho de sua pele.
Cada frase,
uma parte do que há por dentro.
Mas ele não sabe.

Ele não lê poesia.


clarissa

6 comentários:

Felipe disse...

Lindo.

Anônimo disse...

Obrigada, amiguinho.

Pô, estou proibida de entrar no msn no trabalho... Saudade de papear contigo e com a Fer pelo menos virtualmente.

Te amo. (Eita, declaração pública!!!) :)

Beijos.

Felipe disse...

Vi seu recado agora, enquanto entrava no blog pra ver se tinha notícias suas. Eita, transmissão de pensamento!

Não vou dizer que gostei do post de cima, porque acho que não é texto pra se gostar, é pra se sentir. E mexeu comigo, bem forte.

Matriz sábado? De repente um outro programa amanhã.

Beijos,
te amo,
Felipe

Anônimo disse...

sim, sim... realmente lindo!!!

Anônimo disse...

muito muito bonito, clarissa!

saudades de vc.

beijoca gostosa do preto que muito te ama!

Anônimo disse...

Sabioni, legal que você veio me visitar!!! :)

Obrigada, minha pretinho. *rs* Também sinto sua falta.

Beijos.