Choveu e fez sol e apareceu um arco-íris. Custei a ver porque olhava para o chão. Alguém me chamou, levantei a cabeça, percebi as sete cores. Sorri por hábito, lembrei o que vi na parede do meu quarto. Faz tempo. Quem me chamou? O menino que balança a cabeça e segura minha mão. Vamos atrás do arco-íris? Não, é piegas. É, é piegas, ainda mais que todo mundo sabe que não há pote de tesouro no fim. Mesmo assim, era bonito ver o menino colorido, parecendo fazer parte daquele meio círculo.
Não consegui soltar minha mão, embora fosse fácil, pois os dedos apenas se encostavam. Tive medo de quando o arco-íris sumisse, e eu sabia que iria, mas aquele era um quadro tão bonito! Não quis mais olhar para o chão. Sorri, agora não por hábito nem por lembranças, mas porque me senti bem, quase completa, não triste, quase feliz. Pensei por que não? Nada a perder. Nada que já não tenha perdido. Pintei-me no quadro e fiquei colorida também.
clarissa
2 de mar. de 2006
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4 comentários:
Clarisse, cada vez mais acho q vc merecia um livro... os textos estão cada vez melhores :)
e a bonnie, anda sumida né? Será q está numa missão? :D
bjs
Fer, é clarissa, com A no final!!! :) Obrigada pelo elogio.
Quanto a bonnie... aquela ali só quer saber de conquistar o mundo. E os homens também. hahahaha
Beijos.
clarissa, vc é a força que diz que as coisas merecem um tempo bom, gosto dos seus textos, gosto de te saber assim.
te amo!
grande beijo do seu preto!
É, eu sou a de mais esperança das três. :)
Também te amo, minha pretinho. (Ih, fodeu, gostei disso. hahahaha)
Beijos.
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