16 de fev. de 2006

Noite

De novo uma noite que vem:
trazer lembranças,
cobrar força,
obrigar a enfrentar um sono
tumultuado.
E perguntas sem respostas,
respostas que não ouso.
Não é tristeza, é falta.
De quê, não sei bem.
Não é raiva, é dor.
De quê, sei bem.
Nem melhor nem pior do que outras.
Apenas uma.
A minha.
Minhocas na cabeça,
milhões delas,
paranóia.
A minha.
Minha paranóia é um bicho peludo e feio
que me aparece em sonhos -
pesadelos.
Um bicho com cara de gente,
que gente é que bicho com esse sentido.
Evito dormir,
pois que quando deito e fecho os olhos,
o bicho me domina.


mrs. mojo rising

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