16 de mar. de 2006

Dores e tentativas

Ontem à noite fui ao banheiro. Voltei, nariz ardendo, voltei para onde estava antes, era onde mesmo? Por aí, acho. Por ali. Por lá. Ando aqui e sem aqui e, quando você está por perto, espero um sinal, um chamado. Espirro sem parar, três segundos entre um atchim e o próximo. Alguém enche meu copo de cerveja, eu não agüento mais cerveja, mas essa garrafa fui eu que paguei, então bebo. De repente você diz coisas bonitas, não, não posso escutar, não devo. Preciso me tornar uma pessoa fria e calculista, pensar apenas em mim, em ganhar dinheiro, em fugir daqui. Aqui está muito ruim, não está? Meu nariz diz que está. O Brasil já era. Projeto que deu certo, porque foi projetado mesmo para dar nisso. Já era? Não, nunca foi. Nunca será. O Brasil faliu.

Meu nariz arde, espirro, rinite alérgica, justifico para alguém que me olha debochando. Não, era do ruim. Se fosse do bom, não estava assim. Sorrio. É... Não sei, não entendo muito disso. Sei... É verdade. Mas você vem sempre aqui? Só quando quero matar aula. Quer matar aula hoje? Quero. Então vem para cá, senta aqui perto de mim. Não posso. Por quê? Não sei, não me lembro, atchim, meu nariz, puta que pariu, não me lembro, mas sei que não posso. Eu sei por quê, mas não acho que seja um bom motivo. Não? Não. Então vou sentar aí. Isso. Mais cerveja? Não, obrigada, não gosto muito de cerveja. Como assim? Assim, ué, não gostando. Não gosto e pronto. Não gosto. Mas gosta do banheiro, né? Ah, sim, do banheiro gosto muito. Vamos lá? No banheiro? É. Vamos.

Não era com você que eu queria estar. Nem com ele. Era comigo. Não ando comigo há um tempo. Minha vez. Atchim. Tenho andado muito, mas nunca comigo. "This is not how I am." Você é linda. Às vezes. Agora está, linda, linda, linda. Posso mostrar onde dói? Pode. É aqui, ó. Levanto a blusa, estou sem sutien. Eu queria ficar com você, mas não posso, não me lembro por quê, mas... Não faz isso. Não. Faz. Faz. Mais. Sua língua é grande. Como é mesmo seu nome? Eu quero te comer, garota, só isso. Tudo bem, também só quero dar. Estou apaixonada, mas não por você. Não quero saber mais nada. A gente nunca pode saber mesmo de tudo, então melhor não saber de nada. Vou tirar minha calcinha, ainda bem que estou de saia. Atchim. Será que vai arder para sempre? Será que vai doer para sempre?


mrs. mojo rising

6 comentários:

Diógenes Pacheco disse...

Devidamente inalado...

[]´s
(Quase não te achei mais, se não fosse por intermédio do blog da Ana.)

Anônimo disse...

Gostei do comentário. :)

Que bom que você me achou!!!

Beijos.

Anônimo disse...

lindo, mojo!!!

precisamos conversar. vamos nos ver esta semana.

te amo!!

o seu preto.

Anônimo disse...

lindo, mojo!!!

precisamos conversar. vamos nos ver esta semana.

te amo!!

o seu preto,

Anônimo disse...

Vc está cada dia melhor!
Tô com saudade, quero conversar. São tantas coisas...
Beijo

Anônimo disse...

Sim, Paulinho, também quero conversar com você. Vai ao IFCS hoje? Vou te mandar um e-mail.

Fellow!!! Puxa, que coincidência, sonhei contigo hoje!!! Justamente hoje!!! Também quero conversar, também são muitas coisas. Vou te mandar um e-mail agora também.

Beijos.