as mãos estavam sobre sua coxa, mas não sentiu. o álcool a projetou para fatos passados. teria sido diferente caso a trajetória da bala fosse a desejada? esse agnosticismo... não saber é o mais desconfortável dos sentimentos. às vezes imaginava-se já morta. deve ter morrido adolescente, depois da noite que passou cheirando pela primeira vez. deve ter tido uma overdose. como castigo, continuar a vida. aquele era seu inferno. tudo igualzinho para confundir. punição de que não se tem consciência é muito pior porque não faz sentido.
uma das mãos já nos seios, a saia nos joelhos, a outra dentro da calcinha. coitado, nem sabe onde fica o clitóris. olhou para o meio de suas pernas, era dos grandes. quase sempre assim: quando o sujeito se acha bem servido, não se importa em diversificar a atuação. pena, porque, embora bonito de se ver, não garante a qualidade.
gozou rápido. como continuasse duro, puxou-a pelos cabelos até embaixo, onde ela se manteve mecanicamente no movimento que conhecia tão bem. engoliu o novo líquido não por obrigação; gostava. afastou a boca que procurava seus seios, não saberia dizer nem o nome do dono daquela boca. colocou calcinha, blusa, saia, sapatos, óculos, pegou a bolsa. o dono da boca fazendo um muxoxo romântico, que ridículo, ele também não sabe seu nome.
28 de set. de 2009
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2 comentários:
q delicia
tava sentindo falta dos seus contos eroticos
vc entende da coisa
escreve mais!!!
olá sr. mojo rising...
daqui o sr.mojorising
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