22 de dez. de 2009

¡mira que bonito eres!

o cante começou. segundos antes do baile, arfava o peito, como que enorme, ocupando todo o abdome. sapato espancando a madeira, braço buscando firmeza, ambiente tomado por palmas e interjeições. tremia de quase cair. não tombou, porém. encantada, apavorada. hora estranha para pensar na feliz junção que haveria entre aquele barulho e o outro, rock. ambos saídos da intensidade, dos extremos, do muito alegre e do muito triste, do muito amor e do muito ódio, muita tensão e muita suavidade. sem meios, meandros, interstícios. inteiro, para sempre, para tudo, vigorosamente violento e sensual.

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