3 de out. de 2006

Do querer e do poder

Caminha como se não.
Parece viver outro tempo.
Possui mãos que tocam algo
que nem se sabe existir.
Fala como se dançasse
e dorme como poema.

Parece viver outro lugar.
Seu ouro está escondido
em uma cor que não é de ouro,
porque é de outro tipo.
Sabe que me encanta,
que, se eu fosse quem já fui,
morreria em sua vez.

Um dia percebi,
quando falou e eu não ouvi,
boba que fico quando perto.
Olhos de vidro através do
meu nu, não físico,
mas químico, psicológico,
frágil.
Disse-me:
"Eu entendo, mas não posso".

Eu entendi.


clarissa

3 comentários:

Anônimo disse...

Esse com certeza está entre os mais bonitos.

Bjão.

Anônimo disse...

Sério? Obrigada.

E o nosso chope, hein? Vou ter de te seqüestrar?

Beijos.

Anônimo disse...

hmmm... Gostei da idéia. :)