Deitei na cama que me foi desnecessariamente - era a única do recinto - indicada. Uma coisa melequenta no meu peito fez surgir, num computador, meu coração. Em alguns momentos, era possível ouvir seus batimentos, acelerados, nervosos, sem ritmo. Diferente do tum-tum que se ouve quando se lhe põe o ouvido. Não no nosso próprio, claro, mas me parece que, no quesito som, todos os corações são iguais.
Estranhei também o aspecto do bichinho. Esperava encontrar muitas rachaduras, espaços vazios, cortes e cicatrizes profundas, verdadeiros buracos. Desculpem o clichê, mas, apesar de entender que tudo se processa no cérebro, sei que meu coração não é mais inteiro como quando nasci. O resultado do exame não mostrou problemas, tecnicamente meu coração está perfeito. Mas a verdade é que a máquina - a nossa e a da medicina - ainda é falha.
"Coração que bate-bate...
Antes deixes de bater!
Só num relógio é que as horas
Vão passando sem sofrer."
(Mario Quintana)
mrs. mojo rising
12 de set. de 2007
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6 comentários:
o cérebro não existe.
Hahahahahahaha.
Toinho, esse é o melhor comentário que alguém poderia fazer. Obrigada.
Beijos.
Lindo, Cris. Saudades. Beijos!
P.S. Adorei o comentário do Toinho! :o)
Cris? Quem é Cris? :)
Você vem para nosso aniversário? Mandei convite para seu irmão também, vocês podem vir juntos de Sampa.
Beijos.
lindo, mojo-mojo!
adorei!, inda mais acompanhado duma belezura dessas, o poema do quintana. casamento perfeito!
beijoca!
nunca mais tinha entrado aqui, vê-se... e me ocorre que o meu veio com defeito. e depois consertou. o que de repente virou poesia, não? (ah! ele bate diferente. isso continua. tem 3 tempos. acho isso interessante...)
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