Atravessei aquele corredor como quem foge. Não, eu fugia mesmo, com toda a força das minhas pernas, frágeis, inseguras. Os copos de vinho da noite não aliviaram a dor, que é cíclica, o eterno retorno. Ao contrário, jogaram-na para fora, pondo a casa toda dolorida. O sofá, o computador, os livros, sofrendo em silêncio. Eu não estava em silêncio. Tenho, ao menos, o privilégio do choro, do grito, do ranger de dentes, da possibilidade de atravessar um corredor como quem foge.
Mas ainda que corra por toda a eternidade, não estarei livre em canto algum, que é por dentro que me bate o medo, a loucura, a insensatez de ser normal neste que é o mundo mais doente de todos os mundos já vistos ou inventados. Um pouco de paz, é o que almejo. Estenda sua mão para que eu o fure também. Só um pouco, como pouca será a paz. Nós nos furaremos e a dor poderá jorrar. Não, não minta, eu sei que ela também está aí.
mrs. mojo rising
25 de jan. de 2006
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4 comentários:
Olá!!!
Ahm amei esse blog xD!!!Parabéns xD!!!
Bah espero q postem bastante hahaha xD!!
Bjsss
Legal o blog! Só queria descobrir se as três são uma ou se uma são as três eheh. Continuem com os posts!!
Oi, Letícia, legal que gostou. :)
Anônimo, tente descobrir sozinho. *rs*
Beijos.
lindo, lindo, mojo-mojo.
adoro a maneira como vc escreve.
grande beijo!
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