10 de mai. de 2007

Missão na PE

Há muito não escrevo. Cometi um poema outro dia, mas é pouco. Tenho deixado o blog nas mãos da mojo e da clarissa, o que não é muito saudável. Amo minhas amigas, mas uma é super depressiva, a outra é super fofinha. Meio chato. Às vezes tenho até vergonha de fazer parte disto aqui. Sei lá, não é nada pessoal, mas não tenho muito a ver com os dramalhões que elas protagonizam.

Ontem fui convocada para uma ação no quartel da Polícia do Exército da Barão de Mesquita. Rua Barão de Mesquita n. 425. O quartel do medo. Local onde se torturavam e matavam presos políticos na época da ditadura militar. Nossa missão era conhecer o lugar por dentro para posteriormente roubar armas e arquivos daquele período nefasto. Nefasto não só por ter sido uma ditadura, gostaria de frisar, mas também por toda sua política voltada para as elites.

Quase sempre estou metida nesse tipo de ação, uma das mais difíceis. O chefe sabe que pode confiar em mim. Sou uma atriz, capaz de fazer a coitadinha ou a mais safada das putas. Sou gato preto em noite sem lua. Sou o que tiver de ser com a mesma facilidade com que espirro quando alérgica. É verdade que sinto falta de participar das ações em que as armas são utilizadas, mas o chefe prometeu que minha próxima missão será um assalto à banco. Quase gozo só de pensar.

O plano era simples: mr. white se disfarçou de estudante - jeans, tênis, mochila, chiclete, cara de quem vai mudar o mundo dali a cinco minutos - e ficou tirando fotos do quartel. Era óbvio que os merdinhas cães-de-guarda viriam tirar satisfações. Eram apenas dois àquela hora, 20h40. Um deles se aproximou, perguntou por que "o rapazinho" estava tirando foto, já colocando as patas na câmera digital. Enquanto mr. white conversava com ele, eu e mia tentávamos convencer o outro a nos levar para dentro.

Ah, como é bom ser mulher! Como tudo fica fácil! É só vestir uma saia hiper curta, uma blusa hiper transparente e fazer cara de "quero dar para você". Difícil um homem que resista, principalmente quando se trata de mulheres bonitas, o que, definitivamente, sem falsa modéstia, eu e mia somos.

O imbecil levou mr. white para conversar com um "superior" lá dentro. A câmera fora confiscada e todas as fotos apagadas, inclusive as que não eram daquele lugar. Continuam truculentos e burros por ali. Deve ser o ar de "antanho", como diria um velho e antiquado amigo. Enquanto andava até a sala do tal "superior", mr. white registrava tudo na cabeça, como o número de passos até determinado local, número de merdinhas lá dentro, os nomes, as caras etc. Possui visão e memória privilegiadas, este meu companheiro.

Eu e mia iríamos conhecer os bastidores do local. Não fora difícil, como já disse. O imbecil que nos coube, excitadíssimo, esperou o colega que levara mr. white voltar para nos fazer as honras da casa. Nem foi grande o sacrifício, o rapaz não era feio. Era até bonitinho, o filho da puta.

Conhecemos, além dos bastidores daquele lugar imundo, os bastidores do merdinha do guarda. O fato até merece uma descrição, mas deixarei para um próximo texto. Preciso mesmo tomar conta deste blog, antes que algum leitor vomite com a clarissa ou tente se matar com a mojo.


bonnie

3 comentários:

Anônimo disse...

Você é uma babaca, eu não escrevo sobre minha vida. Pior você que sempre escreve sobre a mesma coisa.

Anônimo disse...

:)
Você três são maravilhosas, ainda mais assim, juntas.

Anônimo disse...

Obrigada, Fábio. Mas confesse: eu sou muito melhor, não sou? :)