3 de mai. de 2007

Tempestade cerebral

Mesmo sem te ver... É, acho que estou indo bem. As recaídas são apenas decepção com outro amor. Tenho me apaixonado a cada semana, não consigo concentrar, não consigo focar. "Você tem que investir". Ah, não quero, quero um amor a cada semana. Mas, então, me decepciono, ou porque enjôo ou porque enjoam de mim antes. Aí é que vem a recaída. Aquela história de maior referência de amor, você sabe. E pior. Isso confunde a cabeça de qualquer indivíduo. Olha aí, olha aí, já estou ficando confusa. Eu não quero você, isso eu sei. Nem que viesse com a cara do Edward Norton ou do Ewan MacGregor em Moulin Rouge (aiai) ou dele, você sabe. Do Jim. Pelo menos disso eu sei. Ufa.

Foi quando mesmo que aconteceu? Aconteceu mesmo? Ah, é verdade, acho que sim, acho que amei um dia e sofri no outro, assim como pensei em revolução. Eles tinham razão em relação a esse papo de ficar velho. É claro que não dá para mudar o mundo. Se não dá para mudar nem a nossa vida. Digo mudar mesmo, de verdade, tudo. Não dá. Uma ou outra coisa a gente vai ajeitando. Arruma um emprego bacana, escreve, dança, sai de casa, pinta o cabelo. Mas mudar tudo mesmo, não dá, porque não depende só de nós, ora bolas. Que dirá o mundo, esse troço enorme, fico até tonta de pensar.

Mas de uma coisa não abro mão: acredito na revolução do que está ao meu alcance. Não se faça de besta perto de mim, estou pior do que nunca, porque mais esperta. Continuo explodindo, mas com uma estratégia que vou te contar. Estou super estratégica, supermegahiperultra estratégica. A gente aprende com a idade, eles tinham razão. Mas a idade não pode servir para justificar qualquer coisa também, não é? Peralá, eu também já tive 20 anos e não "matei" ninguém por causa disso. Aliás, eu era tão mais legal. Porque eu acreditava. Eu acho que quanto mais a gente acredita, mais legal a gente é. E quanto mais novo a gente é, mais a gente acredita. Então, quanto mais novo, mais legal a gente é. Logo, aos 20 a gente deve ser muito mais legal do que aos 30. E se aos 20 a gente foi um monstro, não quero nem imaginar como será mais tarde. Ui, medo.

Muitas vezes não se trata nem do fato em si, mas de como lidamos com ele. Durante e depois. Sei lá, mas eu não teria coragem de criticar e controlar e exigir comportamentos específicos de alguém com quem eu fosse o maior canalha do mundo. Depois que me descobrissem, então, e que tudo terminasse, menos ainda. Simplesmente não conseguiria. Acho que é uma questão de caráter. Se eu faço o diabo, não posso exigir um santo do meu lado. Não queria ter 20 anos de novo, ah, não. Muito melhor saber que o ser humano não presta. Eu fico triste, é verdade, mas não me engano mais.

E ainda posso ser tão fofinha... Só que na hora certa. Ah, sim, posso sim. No fundo, eu sou um doce. Nossa, eu sou um brigadeiro, um cajuzinho, um bolo de cenoura. Mas não pode ser assim sempre. Fica chato. Odeio gente que sorri o tempo todo. Detesto quem não muda com a lua, com a música, com um beijo. Sempre igual, aquele troço estampado no rosto. Gosto do bico também, da sobrancelha franzida. Um rosto serve para expressar tanta coisa, que falta de imaginação. Meu sorriso pode ser o mais radiante da festa, mas faço dele um evento à parte. Todos ficam tentando, esperando, querendo descobrir o que me faz fofinha, o que me faz sorrir. Mas cuidado, muito cuidado: agora eu também sei fingir.


mrs. mojo rising

2 comentários:

Anônimo disse...

Ô falsa monstrinha, pede pra fofinha verdadeira comparecer lá no domingo, ok? Diz que tô com saudades dela. Que devo passar o dia sendo explorado, mas que ainda assim é uma daquelas raras oportunidades de fuga do calabouço. Diz também que se ela quiser levar um ou uma alguém, tá liberado. :P

Bj

Anônimo disse...

Ai, não deu pra eu ir. Mas já expliquei pelo orkut, né? E também já disse que depois de 01/07 você não me escapa!!! hahahaha

Beijos.